Muitos de nós não compreende o que faz um ego fragilizar-se. Entre diversos fatores, existe um, aparentemente que possamos entender. O ego é a composição do seu "eu", que varia entre o que você adere na vida, e mais tarde quem se tornou.
Neste tempo obsoleto de uma auto estima saudável, nos deparamos com um aparente fracasso interior.
A mente está se apegando as coisas, de modo que o cega para as outras àreas do conhecimento humano. A coisificação, isto é, o estado de coisas, atrapalha a sua visão.
Existe portanto, o canal da expressão. A expressividade do indivíduo deve ser exercida no caminho da intuição, já que se dispõem a inspirar-se, preparando-se para aplicar a sua atividade.
No entanto, também existe a forma do ego se compor ou recompor por essas atividades. Deste modo, sempre surge um estado de negação interior que prejudica este caminho. Pois a mente e o coração mal ordenados resulta em ilusões e decadências. Não digo apenas isto ao artista mas de maneira geral, em todos os seres humanos.
Na arte folclórica tradicional de qualquer país, pode se encontrar uma matriz de estruturação do ego individual e o coletivo. Daí surge o ato de cantar e dançar espontaneamente, tocar um instrumento musical, de forma natural e bem distribuída. Este é o legado deixado pelos nossos ancestrais, uma comunicação maior com o ser. Bem representada, buscando honrar, atribuir, distribuir, os valores, as crenças, a personalidade de uma nação conjunta, onde surge a harmonia entre a identificação do ser e a unidade real. Usamos de simetrias, cores, movimentos, composições, ritmo, harmonia, métrica, e etc. Tudo para a integração de ser alguém perante o mundo, em níveis mais altos.
O desafio portanto, é sair dos "ismos". E por um momento sentar e prestar-se a ouvir, maiormente escutar. E simplesmente acontece, uma relação maior surge, por exemplo, a música tocada e cantada por um artista de rua, tem o poder tem ajuntar pessoas de diferentes culturas, reunindo-se em volta para dar atenção ao que lhe chama a intuição maior, de contato da ordem criativa. A música acompanhada de um ritmo apreciavel tem a capacidade de transmitir muitas emoções distintas mas esta não precisa sequer de palavras para fazer com que todos a entendam, independente do seu idioma nativo.
Então, a fragilidade do ego é muita das vezes a fonte causadora de problemas entre as pessoas, porque depende de uma ordem criadora, não submetida aqui a uma ordem crítica de primeira instância e sim, como forma de se aprender a ouvir, escutando, intuindo o conhecimento. Se por outro lado, se julga impulsivamente e sem menor ideia do que aquilo seja ou represente, não há condições para que isto exista de fato, esta relação criadora é negada, e não se busca intuir suas formas, nada flui.
Se torna um ego frágil que não se relaciona a uma identidade coletiva, portanto a relação do ego é para ser tratada a sério, mas sem se apegar a uma concepção precipitada. Esta é a maleabilidade do espírito, pois se buscando conhecer, é que se encontra as respostas que precisa, na simplicidade do ser em "ser" e não sendo forçoso.