( Leonardo da Vinci - Profile of a warrior in helmet)
Por imitar, não me refiro a plagiar o trabalho de alguém. Mas sim o ato de "imitar" - tentar por esforço próprio, alcançar a forma por assim dizer perfeita. Um costume entre os pintores dos séculos passados - na incorporação da forma estética, "mimésis". Aqui, me refiro, as Belas Artes, porque seguimos respeitando as formas de linguagem de determinada época. Hoje damos o nome de "releitura", que do mesmo modo, é um ato de fazer da mesma forma que o outro sob sua ótica fez.
Plagiar é um ato desonesto sob a qual alguém se presta a roubar uma ideia, o que não se deve fazer. Ao contrário da mimésis, que busca o alto desempenho de alcance por meio um estudo mais aprofundado, honrando o trabalho de outro artista consagrado.
Pintores greco-romanos se questionavam e buscavam um ideal perfeito de beleza que vai muito além da forma bela de um corpo humano, um era um influenciado pelo trabalho do outro, cada um herdava a forma estética do pintor anterior, o antecessedente. O ideal filosófico está presente até hoje, eternizado em valores que conhecemos e nos é muito familiar. Ainda que mal compreendido pela sociedade que vivemos. Esses povos são o berço da nossa civilização, a ponte entre o conhecimento e os valores morais e éticos.
Neste sentido, a imitação, é para o artista, neste curto espaço-tempo a forma de retomar a linguagem, não obstante, a prática da mimésis, é o olhar para o mundo mortal, o mundo dos homens e a forma como este se comporta.