Vivemos em tempos conturbados, onde todos podem ter suas opiniões e compartilhar seus conhecimentos e suas experiências. Mas há uma ruptura neste tempo para o qual tudo se destina a ideologias, propagações, monetizações, competições, rivalidades. Já dizem alguns, que há uma parte de nós que deseja "fugir para as montanhas" e que só nos resta ir viver no campo, porque afinal, lá há um contato com a realidade, ainda maior, para quem pisa na terra e aprende a colher do grão, por exemplo. Se sabe que tudo está em perfeita ordem com o Criador. Nada disso é ruim mas é preciso saber viver com qualidade e dignidade.
Quem anda na ignorância anda nas trevas, ainda não conhece a luz da verdade. Olhamos em demasia para o mundo dos homens e nos frustramos facilmente. Ainda que Deus possa ser-nos particular a cada um, é preciso querer se aproximar dele e de sua luz, sua sabedoria. Somente nos separamos dele em pensamento, quando mergulhados no nosso próprio "eu mesmo", já que todos os problemas provém desta mesma fonte. Mas é preciso afastar-se desta fonte, por pelo menos um determinado momento, em que há um encontro com a realidade - já que também não conseguiriamos viver de outro modo, em uma sociedade voltada para o universo do mundo particular.
Ainda que voltar-se para si mesmo como fim de se realizar seja mesmo necessário, não podemos paralisar mediante a pensamentos negativos, ou pouco construtivos. A humanidade busca incessantemente por uma identidade que possibilite este encontro consigo mesmo. Mas cai facilmente nas falácias ideais, pois para todo tipo de desejo, há uma possibilidade que pareça ser a mais atraente, só que na verdade causa transtornos, dependências e outros tipos de sintomas. Ao conseguir atingir um encontro existencial real com Deus, nós conseguimos ver que as outras coisas da vida, estão todas em segundo plano, ainda que importantes e materiais, o que não significa que não sentiremos mais dores na vida ou que não vamos sofrer por estarmos com Deus, e que nossa vida é somente alegria. Na verdade é composta por alegrias e tristezas, que independente de como são, elas se vão, mas o que se imortaliza, é a nossa alma, esta que não vem acompanhada na vida, uma receita de felicidade. Nem mesmo os conceitos culturais e populares atribuídos a felicidade podem te contar a real felicidade.
Paz de espírito é o que se tem quando se encontra a chave da felicidade na vida, e um presente que Deus concede é ter conseguido realmente conhecer alguém em um pé de realidade na vida, que mesmo com suas diferenças, consegue se adquirir algo de valor mútuo. Isto somente pode ser concebido através da verdade, e não no aparente. Assim as pessoas somam, crescem e se tornam fortes.
Não somos competidores, nem mulher com homem, ou vice-versa, nem nascemos para sermos tão individuais ao ponto de não precisarmos de ninguém, nosso corpo carrega uma lei natural, na lei natural, somos semelhantes aos animais, nós precisamos de alimento, temos instintos, nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos. A morte temporal do espírito , é quando ainda estamos dentro deste pequeno mundo dos sentidos emotivos, só obtendo desejos e só alimentando esta parte. Já o que nos difere do reino animal, é justamente ter recebido de Deus o sopro da vida, ou seja, o espírito, a saber que aqui também se aplica as leis do espírito e não somente viver dos desejos táteis, mas do que pode alcançar mediante a aproximação da luz da verdade, do esforço espiritual.
O mais importante na vida já recebemos de Jesus Cristo. Porém o mais importante neste momento, é continuar tendo, zelando o espírito, buscando amar as coisas e ter conhecimento, para que assim, continuemos nossas vidas com estrutura.